Para saber se deve ser empregada alguma preposição antes do pronome cujo, é preciso ter cuidado com alguma provável palavra posterior a ele, pois ela pode exigir alguma preposição.
Nos períodos invertidos ou na junção de dois períodos, a preposição que acompanha algumas palavras pode ficar deslocada:
O candidato teve dificuldades para se diferenciar do impopular
primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero, de cujo governo
participou por sete anos.
O período acima possui duas informações:
O candidato participou por sete anos do governo do impopular
primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero.
O candidato teve dificuldades para se diferenciar do impopular
primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero.
Para unir as duas informações e não repetir palavras, foi empregado o pronome cujo, que expressa a ideia de "posse", afinal o governo era do José Luis Rodríguez Zapatero. Portanto, a preposição de, que acompanha o verbo participar (participar de alguma coisa), foi deslocada para a frente do pronome cujo.
No período
O tônus vital, de cuja falta associa o poeta ao estado do tédio, é
imprescindível para a experiência de uma paixão.
não há nenhuma palavra exigindo a presença da preposição de, presente antes do pronome cujo. Desdobrando o período:
O tônus vital é imprescindível para a experiência de uma paixão.
O poeta associa falta do tônus ao estado do tédio.
A regência do verbo associar é associar uma coisa (falta de tônus) a outra (ao estádio de tédio). Portanto, emprega-se a preposição a e não de. Corrigindo o período:
O tônus vital, cuja falta associa o poeta ao estado do tédio, é
imprescindível para a experiência de uma paixão.
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