segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Julgá-la ou julga-la?

Formas verbais acompanhadas de pronome oblíquo átono podem ou não ser acentuadas. Para avaliar se a forma verbal recebe ou não acento, desconsidera-se o pronome (la).

Levando-se em consideração apenas a forma verbal julga, que deve ser pronunciada como se ainda estivesse acompanhada do pronome la, procede-se normalmente à análise da palavra:

- sílaba tônica: ga

- posição da sílaba tônica: última sílaba, portanto a palavra é oxítona.

Acentuam-se apenas as formas verbais oxítonas terminadas em a, e, o, acompanhadas das variantes dos pronomes oblíquos átonos lo, la, los, las, no, na, nos, nas. Portanto o correto é julgá-la.

     Se ela está bem assim, quem somos nós para julgá-la?

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Questão de prova - Vunesp - 2013 - Escrevente Técnico Judiciário - Tribunal de Justiça - SP

10. Assinale a alternativa em que a oração destacada expressa finalidade, em relação à outra que compõe o período.

(A) Se deixou de bajular os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis e rainhas do 20...
(B) Pensa o garçom, antes de conduzi-lo à última mesa do restaurante...
(C) Você é que foi ao restaurante para homenageá-lo.
(D) ... nenhum emblema preencherá o vazio que carregas no peito – ...
(E) O garçom boceja, tira um fiapo do ombro...

Opção correta: C

(A) Se deixou de bajular os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis e rainhas do 20...

Oração subordinada adverbial condicional, iniciada pela conjunção condicional se.

(B) Pensa o garçom, antes de conduzi-lo à última mesa do restaurante...

Oração subordinada adverbial temporal, iniciada pela conjunção temporal antes de.

(C) Você é que foi ao restaurante para homenageá-lo.

Oração subordinada adverbial final, iniciada pela conjunção final para. É bom lembrar que, nessa oração,  para tem sentido de a fim de, por isso é classificado como conjunção final, e não como preposição.

(D) ... nenhum emblema preencherá o vazio que carregas no peito – ...

Oração adjetiva restritiva, iniciada pelo pronome relativo que. Esse tipo de oração não pode ser eliminada sem prejuízo do sentido da anterior e não tem vírgula antes do pronome relativo.

(E) O garçom boceja, tira um fiapo do ombro...

Oração coordenada adversativa, pois tem sentido completo e se separa da anterior por meio de vírgula, e não por conjunção.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Questão de prova - Cetro Concursos - 2014 - Instrutor - Português/Inglês - SENAI/DF

4. No texto, o uso apenas da preposição “de” em “a tese de ‘bandido bom é bandido morto’” é insuficiente para o estabelecimento de uma conexão gramaticalmente correta entre os termos. Para corrigir esse problema, “de” pode ser substituído por qualquer um dos conectivos abaixo, exceto por

(A) de que.
(B) segundo a qual.
(C) de acordo com a qual.
(D) onde.
(E) conforme a qual.

Opção correta: D

De acordo com os gramáticos, considera-se inadequado o emprego do pronome e advérbio onde quando usado em referência a antecedentes que não expressam ideia de lugar físico.

O texto pretende unir o termo bandido bom é bandido morto ao substantivo tese, que não exprime noção de lugar físico. Sendo assim, onde é a única opção que não pode substituir a preposição de.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Verbo com dupla transitividade não pode ter dois objetos iguais

     Fez questão de abordar o governador para agradecer-lhe pela
     escritura.


O verbo agradecer é transitivo direto e indireto: agradecer alguma coisa (=objeto direto, sem preposição) a alguém (objeto indireto, com preposição).

A frase acima está errada, pois possui dois objetos indiretos:

agradecer-lhe - é o mesmo que agradecer a ele; o pronome lhe é sempre
                            substituto de objeto indireto;

pela escritura –  o emprego da preposição pela, no início do termo, forma
                              outro objeto indireto, portanto deve ser eliminada.

Para corrigir a frase, basta retirar a preposição pela e manter apenas o artigo a:

     Fez questão de abordar o governador para agradecer-lhe (a alguém)
     a escritura
(alguma coisa).